Custo dos materiais, qualidade e habilidade na fabricação determinam a diferença de preços dos sofás no mercado, mas há outros fatores que influenciam o seu valor.
@haydesign
Pesquisar o valor de um sofá não é das tarefas mais simples, se levarmos em conta os materiais de que é feito, por dentro e por fora, os variados modelos e estilos, braços, encostos, almofadas, molas, armações, tecidos... Pode ser um sofá-cama, sofá inclinável, sofá retrátil ou sofá elétrico, por exemplo. E há também o conceito por trás da venda: o produto é de fabricação em série ou personalizado, reproduzido por uma grife famosa ou uma peça única assinada por um designer aclamado? Muitas são as variantes na hora da escolha. Uma escolha criteriosa, diga-se de passagem, uma vez que não se troca o sofá da sala como se troca de roupa, todos os dias. Ainda que existam sempre tendências e novidades no setor.
@molmic_sofas
O revestimento é uma questão decisiva no preço final do móvel, já que existe um enorme leque de opções de tecidos, que pode variar de R$ 10 a R$ 1.000, o metro, sem exagero – a lã vucana (ovelha peruana tosquiada a cada três anos) chega a custar 3 mil dólares, o metro! Couros finos podem lançar os cifrões a uma estratosfera inimaginável, e olha que os sofás de couro comum já são consideravelmente mais caros que os de couro sintético ou ecológico.
Por falar em produto eco friendly, ganha pontos a estrutura de sofá feita com madeira de reflorestamento: poupa as árvores nativas e o seu bolso. O custo desta armação é bem mais baixo quando comparado ao de armações de madeira nobre maciça, usadas em modelos tipo premium, vendidos em loja de móveis de qualidade ou em loja de móveis tradicionais. O aço também sustenta estruturas de luxo, como a do sofá Redondo da designer espanhola Patricia Urquiola, que sai a mais de R$ 70 mil. Achou caro? O modelo Border, do brasileiro Guilherme Wentz, ultrapassa os R$ 90 mil.
@gulhermewentz
Sofá personalizado X produzido em série
Sem entrar no mérito do que é melhor ou pior e por que, a produção personalizada versus a produção em série é um verdadeiro divisor de águas na diferença de preços aplicados num sofá. Sofás que custam o preço de um carro geralmente são estofados por um artesão altamente experiente (e muito bem pago), que passa muitas horas ou dias em cima de uma única peça. Além da mão de obra para lá de especializada, há custos com tecnologia, às vezes desenvolvimento de novos materiais, gastos com divulgação na mídia e tudo que envolve o lançamento de uma grife de ponta do setor. São produtos únicos, supervalorizados. Às vezes, viram ícones atemporais e são reproduzidos por fabricantes escolhidos a dedo, que os repassam a preços mais tangíveis, mas nada que se compare à pechincha dos fabricados em série por profissionais semiqualificados, capazes de finalizar um produto em 30 minutos.
@marellispa
Acabamento é outro ponto crucial. Quadros estruturais parafusados, colados ou com cavilha dupla são mais caros do que os que usam pregos. A costura também é um detalhe bem significativo. Os modelos produzidos em massa normalmente têm requisitos simples, que não exigem muita habilidade e podem ser costurados muito rapidamente por estofadores, cujo salário geralmente depende da rapidez com que podem concluir sua tarefa. Já os sofás mais sofisticados podem envolver técnicas de costura muito complexas, demoradas e feitas por profissionais raros, verdadeiros artistas.
Fonte: Formato Móveis
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